Islão, religião tolerante?! (Vários)
(Deverá
“clicar” nas referências bíblicas, para ter acesso aos textos)
II – PARTE
(Aconselhamos a ler a I PARTE deste
artigo, caso ainda não o tenha lido)
VÁRIAS OPINIÕES E COMENTÁRIOS
Osni de Figueiredo – Pastor
evangélico de São Paulo, Brasil osni.f@ig.com.br
Acredito
que as imagens falam por si.
Pretendi
escrever algumas linhas a respeito, mas me contive.
Poderíamos
comparar Maomé com Isaque, Abraão ou Gandhi, com Jesus Cristo é pretensioso.
Pastor
Osni
de Figueiredo,
Fevereiro
de 2010
Mahomed Yiossuf Mahomed Adamgy
Se
estas imagens forem verdadeiras ... sinceramente é de lamentar .
De
qualquer modo, o Islão não pode ser pautado pelo comportamento de alguns
muçulmanos, radicais e fanáticos que aliás há em todas as religiões, infelizmente
...
Estranho
é que estas fotos que como se diz aí, foram tiradas durante a manifestação de
“A religião da paz” ... em Londres... não tenham sido publicadas na imprensa
nem na TV
Notícias
dessas circulam pela internet e poucos se dão ao trabalho de verificar se tem
uma fonte idónea, ou terão possibilidade de fazer uma investigação. A afirmação
de que não foram publicadas “Para não ofender ninguém”, como se não houvesse
ISLAMOFOBIA na Europa... que não ofenda, diariamente, o Islão, como Religião,
parece-me pouco credível.
Subscrevo
a tua resposta que é lúcida, responsável e humana.
Uma
técnica bem conhecida em qualquer propaganda de guerra é a “desinformação” em
expansão relativamente ao inimigo. A desinformação é a nova palavra pós moderna
para mentiras.
Se
se repetir as mesmas mentiras vezes sem conta, as capacidades de pensamento
crítico por parte dos ouvintes, ficam adormecidas; e na ausência de algum
argumento em oposição, as mentiras acabam por não conseguirem ser diferenciadas
da verdade.
O
Islão tem tido muitos inimigos ao longo dos séculos e continua ainda a ter. Uma
das mentiras mais persistentemente repetida pelos seus detractores é que os
Muçulmanos espalham a sua fé através da força. Contudo, de todas as principais
religiões, nenhuma está documentada com mais exactidão quanto à sua origem,
revelação, mensagem e ensinamentos. Desde o seu aparecimento através do Profeta
Muhammad (s.a.w.) e a transmissão do respectivo Livro
Sagrado, a história do Islão tem sido bem gravada. Desde os tempos do Profeta
até aos dias de hoje, o Alcorão tem dado orientação e disciplina na vida do
dia-a-dia. À medida que o Islão se foi espalhando, a vida e os ensinamentos dos
Mensageiros de Deus têm sido também documentados.
Tal
como no Judaísmo e Cristianismo, as figuras mais influentes e referenciadas são
aquelas do tempo em que a fé tinha sido recentemente revelada: no Islão, estes
foram Muçulmanos que viveram na época do Profeta Muhammad (s.a.w.)
e que personificaram os ensinamentos do Alcorão como exemplos para os seus
colegas seres humanos. Muitos dos seus pensamentos e acções ficaram registados
para benefício de gerações futuras.
Para
retomar as questões se o Alcorão encoraja os Muçulmanos a espalharem a fé pela
força ou se o próprio Profeta estabeleceu um exemplo violento para os
Muçulmanos seguirem, uma pessoa tem apenas de consultar a fonte.
O
Alcorão é claro ao afirmar: Não existe compulsão
na religião. Alcorão
2:256 O mandamento é absoluto; não há excepções. A coacção, compulsão,
força – o que quer que se escolha chamar – é proibida. Nenhum outro Livro
Sagrado expõe, de modo tão claro, uma directiva aos seus aderentes.
Os
crentes no maior país Muçulmano da actualidade – Indonésia – nunca encontraram
soldados Muçulmanos estrangeiros no seu solo. O mesmo se aplica aos actuais
Muçulmanos na Malásia, China, África sub-Sahariana,
as Américas, Europa e Turquia. Todos estes países e regiões foram introduzidos
ao Islão através de outros Muçulmanos e não através de exércitos Muçulmanos.
Até
mesmo no Egipto onde os primeiros Muçulmanos eram soldados maioritariamente
Árabes, o Islão foi lentamente sendo difundido através do país, ao longo de
mais de 400 anos. Os Egípcios amaram o Islão devido aos valores que abraça,
tais como a justiça, igualdade, modernidade e liberdade.
E
no Egipto, bem como na Pérsia, Síria, Índia, Norte de África, Espanha e
Portugal, os convertidos aceitaram livremente o Islão porque ele oferecia
comparativamente mais do que as outras religiões da época.
Durante
aqueles séculos iniciais as pessoas que se sentiam oprimidas e restringidas
devido à rigidez das tradições Cristãs e Judaicas ou que se sentiam excluídas
do sistema de castas do Hinduísmo, foram atraídas pela pouca ênfase dada pelo
Islão à hierarquia. Eles adoravam os ensinamentos do Islão que diziam que Deus
é Um e o Senhor de todos, que os seres humanos podem falar directamente com
Deus, e que não existe Pecado Original — cada ser humano é totalmente
responsável pelas suas acções.
Todo
o conceito de “converter ou morrer” é completamente estranho e repreensível
para as verdadeiras crenças e condutas Islâmicas. E o próprio Alcorão reforça
ainda mais a santidade de todas as vidas humanas ao dizer que matar uma pessoa
é tão mau como matar toda a raça humana.
Os
Muçulmanos não culpam qualquer religião pelas atrocidades cometidas por aqueles
que reclamam serem seus aderentes.
Assim,
os Muçulmanos não culpam o Judaísmo em si, pelas injustiças cometidas pelos
Judeus contra os Palestinianos. Nem culpam a Cristandade, per si, pelos crimes
cometidos pelos Cruzados medievais com o aval da Igreja; pelas atrocidades
cometidas pelos exércitos Cristãos durante a conquista de Espanha e a
subsequente perseguição e expulsão dos Muçulmanos; nem pelos horrores da
Inquisição, o Massacre do dia de S. Bartolomeu ou quaisquer outras tragédias
semelhantes. Todas as três fés com raízes na tradição Abraâmica, ensinam
valores semelhantes sobre a não-violência, justiça e igualdade. Aqueles que
abraçam a “causa” de qualquer fé através de meios violentos são, de facto,
blasfemadores dela.
Os
primeiros Muçulmanos na Arábia foram perseguidos e sujeitos a tortura. Eles
fugiram de Meca para Medina para salvarem as suas vidas, mas os seus inimigos
pagãos seguiram-nos, determinados em aniquilá-los. Apenas e só nessa altura é
que os Muçulmanos pegaram em armas para auto-defesa. Porém, isto não foi uma
“guerra santa”, mas antes um conflito político forçado, no qual os ricos e
poderosos do século VI da Arábia se aperceberam que o seu estatuto estava a ser
desafiado. O objectivo Muçulmano não era converter os seus colegas pagãos mas
sim defenderem-se; de modo parecido os pagãos anti-Muçulmanos
não estavam interessados em suprimir o Islão mas sim subjugar os seus crentes
através do poder político.
Quando
o Profeta Muhammad (s.a.w.) e os seus seguidores
conquistaram pacificamente a Meca, em triunfo, ele garantiu o perdão ao mesmo
povo que o tinha perseguido e feito guerra contra ele e os seus irmãos
Muçulmanos.
Este
comportamento generoso e humano reflectiu os ensinamentos de muitos versículos
Alcorânicos que salientam a importância da cortesia, boa educação e civismo,
mesmo quando tenha existido um severo conflito. E
os servos do Clemente são aqueles que caminham na terra, pacificamente, e,
quando os incipientes os abordam, respondem: «Paz»! Alcorão 25:63/64
Mahomed Yiossuf Adamgy - Lisboa
2010-02-06
Ana
Paula
–
Protestante de São Paulo - Brasil.
Camilo,
note que, numa manifestação tão “grande” (supostamente), a mesma pessoa
escreveu todos os cartazes: Estão todos escritos com a mesma caligrafia! Isso é
fotomontagem, com absoluta certeza. Já vi muito disso na internet. Assim como
uns covardes criam perfis falsos em comunidades virtuais para ofender os outros
anonimamente, aqui nesse e-mail que vc recebeu alguém
quis ofender os muçulmanos manipulando fotos e colocando palavras nas suas bocas,
ou melhor, nos seus cartazes. Que injustiça esses muçulmanos não poderem se
defender. Que bom que vc o fez.
Cordialmente,
Ana
Paula H. L. – São Paulo, Brasil
Fevereiro
de 2010
Valdecir Vieira Corrêa – Crente evangélico de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Caro
Camilo.
Recebi
o e-mail do irmão no qual podemos ver muçulmanos exibindo cartazes com dizeres
violentos em tons ameaçadores contra a Europa. É de se estranhar que uma
manifestação tão importante e ao mesmo tempo tão singular, não tenha sido exibida
largamente na mídia mundial. Mas o que me chamou a
atenção, nem foram os cartazes com palavras de cunho violento, e sim a malícia
de quem fez essas grotescas montagens. (nem precisa ser perito para detectar
erros grosseiros de montagem nas fotos). Lamento que ainda existam pessoas com
tempo e disposição para tal ato, curiosamente me subiu um estranho palpite que
isso é mais uma “obra” de algum fundamentalista cristão. Tomara eu esteja
enganado.
Abraços
Valdecir
– Fevereiro de 2010
João
Alberto Teodósio
–
Crente evangélico, Industrial da Marinha Grande, cidade onde nasceu em
1945/11/08.
A
ser verdade, esta notícia, ela tem que ser vista com muita cautela dado as
crispações que existem sempre entre grupos extremistas, sejam eles; políticos,
económicos ou religiosos…
No
caso do Islão, como qualquer outra religião as aspirações são sempre adorar a
Deus e pregar o Amor etc. etc. Quanto a isto não é necessário dizer muita
coisa.
Claro
que há sempre alguns que vêem as coisas de modo diferente e como não conseguem
valer os seus pontos de vista, na maior parte das vezes recorrem à violência. E
não vale a pena procurar esconder a sua violência porque ela serve como meio de
propaganda…Ou seja; esses grupos querem alertar para a sua existência, o seu
poder e força, a sua grandeza, a sua coragem e fazer crer que acreditam num
mundo diferente etc. etc.
Admitindo
que no Islão os crentes são mais devotos que os cristãos,… Eu sou de opinião
que se deviam empenhar mais em manifestarem-se contra toda a espécie de violência
e dou um exemplo: Se um jornalista profere uma opinião negativa contra o Islão
aparecem os bons e os outros, todos unânimes em defender a sua crença e os seus
valores… Quando há um massacre onde morrem civis sem culpa, assumido por
extremistas islâmicos, ninguém vem para a rua manifestar-se contra a violência.
E o ditado é velho: Quem cala consente.
Mas
porque é que, a ser verdade, essa manifestação não se tornou pública?
Nós
em Portugal, estamos habituados a ver na televisão toda a espécie de sensacionalismos,
temos uma democracia muito jovem e a comunicação social acha que na liberdade
de imprensa vale tudo, não admitem crivos. (No Brasil será o mesmo!?)
Nas
democracias mais maduras os jornalistas comportam-se baseados mais nos seus
deveres deontológicos… Quem podia prever, o que seria Londres se entrasse numa
onda de confrontos entre os naturais e estrangeiros? O ódio, as ameaças, a
violência, a marginalização… O pânico nos lugares públicos; aeroportos,
estações de comboio e metro, nas ruas, restaurantes etc. Quem poderia imaginar
a onda de violência provocada por esse choque de mentalidades…
Se
a manifestação fosse divulgada e o pânico se instalasse, então os manifestantes
tinham ganho uma importante batalha.
Claro
que se a manifestação fosse num país muçulmano seria tornada pública mas quando
é na nossa própria casa, induz a tragédias imprevisíveis.
Se
essa manifestação é inventada e baseada em montagens é ainda mais perigosa:
Primeiro porque há alguém interessado em criar o ódio entre as populações e
segundo porque age de forma escondida e cobarde, pondo em causa pessoas sem
culpa… De notar que aparecem caras a descoberto na manifestação e que nós os
que propagamos as imagens através da internet estamos a atear o fogo sem
qualquer intenção.
João
Alberto Teodósio – joberto.teodosio@sapo.pt
Marinha
Grande, Portugal - Fevereiro de 2010
Glória
Nogueira
– Crente presbiteriana da Figueira da Foz, Portugal
Olá
amigo e irmão
Eu
recebi este email há mais de um ano e estranhei nada ter sido noticiado....
Depois falei com amigos crentes e não crentes sobre o mesmo e a resposta de um
especialista em multimédia, parte de fotografia, alertou-nos e mostrou-nos que
qualquer 1, um pouco entendido em fotos em computador consegue fazer uma
fotomontagem que é o que se vê, se repararmos bem em alguns pormenores das mãos
de pessoas à frente umas das outras e ele mostrou que algumas das imagens eram
retiradas de actividades feitas por estes grupos em Londres, mas sem nada
destes cartazes. Infelizmente o ser humano usa as tecnologias para denegrir
outros grupos, difamar, etc.
É
isto que tenho a acrescentar e concordo com os seus comentários.
Glória
Nogueira – Figueira da Foz, Portugal, Julho de 2010
Ana Paula Hermoso Lopes – Cristã
protestante de São Paulo –
Brasil, casada, estudante
de Psicologia
Olá, Camilo,
Não sei
quais os emails que você recebe, mas sei que existe
uma cultura de difamação dos muçulmanos. Existem interesses econômicos e
políticos nisso, e muitos ignorantes acabam passando essa
difamação adiante sem nunca ter conhecido um muçulmano sequer.
Agradeço
muito (novamente!) pelo site “Estudos Bíblicos Sem
Fronteiras Teológicas”, onde eu pude ler pela primeira vez algo diferente sobre
os muçulmanos e que me ajudou a ter mais respeito por eles e pela fé que eles
têm. Que o senhor tenha sempre paciência e coragem para esse
importante trabalho de esclarecimento! Ele rende bons frutos.
Ana Paula Hermoso Lopes
São Paulo –
Brasil, Julho de 2013
Poderá enviar a sua opinião para eventual publicação, desde que:
1) A sua mensagem esteja linguagem correcta, não ofensiva para
ninguém, pois nesta página respeitamos o direito à heresia, que de acordo com a
sua etimologia é simplesmente diferença de opinião.
2) Esteja devidamente identificado, com o nome, morada, grupo
religioso a que pertence, cargo que desempenha, bem como outras informações que
nos queira enviar, como a data e local de nascimento, preparação cultural e
teológica etc.
3) Se houver referências à Bíblia, Alcorão, Bhagavad-guitá
ou outro livro religioso, todas as afirmações deverão estar devidamente
comprovadas com o capítulo, surata, ou canto e
respectivos versículos.
A sua mensagem deverá ser encaminhada para ---
Estudos bíblicos sem fronteiras teológicas